Jean Louis David, o visionário

"A inovação distingue
um líder de um seguidor".
Steve Jobs, cofundador e presidente
executivo da Apple (1955-2011).​

Jean Louis David tinha uma fortuna estimada, em 2017, de 200 milhões de euros. Fê-la, franquia a franquia, com um modelo de negócio exportado dos Estados Unidos.

Faz poucos dias que despertámos com a notícia de que Jean Louis faleceu no seu exilio dourado e 'fiscal', na Suíça, ainda que também tinha uma segunda residência recente nas Ilhas Caimão. Deixa 1.000 salões em 24 países, os quais vendeu, pensando já no seu retiro, ao grupo norte-americano Régis. Em 2008, comprados por sua vez por Provalliance, do francês Franck Provost, outro dos grandes da época.

Homem de negócios, aos dados e números da sua cabeceira milionária nos remetemos, declarou muitas vezes que era "um artesão, não um artista", contendo os parâmetros do seu triunfo no exercício manual do ofício. Fica ainda na história gravado como o inventor do degradé. Jean Louis queria e admirava as "mulheres ativas e atraentes", as que libertou de corpetes e ataduras proporcionando-lhes liberdade e movimento.

Compreendemos então que existiu um tempo dourado da profissão que nos ocupa, que nunca mais voltará a ser igual. Porque cada tempo tem a sua circunstância. E que apenas os homens capazes, inovadores e criativos, visionários serão os eleitos na hora de coroar cimeiras impossíveis para o resto. Jean Louis David é assim um símbolo de que os grandes projetos, as grandes ideias, o êxito também é possível no cabeleireiro.