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Curiosidades

O cabeleireiro dos Beatles revela a sua experiência ao cortar o cabelo à célebre banda inglesa

Leslie Cavendish, que foi aprendiz de Vidal Sassoon, acaba de publicar as suas memórias no livro The Cutting Edge. Aos seus 70 anos, o stylist assegura que cortar o cabelo ao quarteto de Liverpool foi como alcançar o cimo do Evereste


27/02/2018

Eram os anos 60. Leslie Cavendish tinha 19 anos quando começou a cortar o cabelo a famosos como os Beatles. O então aprendiz de Vidal Sassoon, a quem agradece tê-lo ensinado a estar calado e a saber escutar os outros, parecia tocar o céu com as mãos. O feito de começar a trabalhar com um dos grandes génios do cabeleireiro, converteu-o num ajudante com sorte. Poucos meses depois, a atriz Jane Asher, namorada de Paul McCartney, perguntava se podia cortar o cabelo ao popular Beatle. Assim o relata Cavendish no seu livro The Cutting Edge, em colaboração com o escritor e psicólogo Eduardo Jáuregui e o historiador Neil McNaughton, onde recolhe as suas vivências juntamente aos Beatles até à rutura do quarteto britânico.

No seu livro, o stylist narra que se deslocou até à avenida Cavendish, cujo nome coincidia com o seu apelido, onde vivia Paul McCartney. O cabeleireiro explica que o beatle não lhe deu quase instruções mas que se mostrou satisfeito com o resultado. Esse corte de cabelo facilitaria o acesso ao resto dos componentes dos Beatles, imersos na criação do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Cavendish também revela que se converteu num assíduo aos Abbey Road Studios, estando presente na criação do álbum do mesmo nome, o décimo primeiro da banda britânica de rock, lançado nos finais de setembro do ano 1969 no Reino Unido.

Look improvisado

O autor também explica que a imagem dos Beatles era improvisada até certo ponto. Se um dos componentes da banda cortava o cabelo, o resto cortava também. O mesmo sucedia se algum deles o deixava longo. Além disso, Cavendish assegura que as imagens do quarteto expressavam a estética e o álbum que compunham em cada um das etapas da sua carreira musical. Como os bigodes e as patilhas do disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.

Em relação aos músicos, o cabeleireiro assegura que McCartney, Starr e Harrison tinham melhor couro cabeludo que Lennon. Reconhece que Harrison possuía um cabelo mais grosso que McCartney, enquanto que Starr o visitava com menos frequência já que a sua mulher era cabeleireira. Do desaparecido Lennon comenta que movia muito a cabeça, pelo que era difícil cortar-lhe o cabelo. Com o tempo, e depois de assegurar a sua relação com Yoko Ono, o Beatle deixou crescer o cabelo e limitava-se a cortar as pontas, tal como relembra Cavendish no livro.

 
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