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COLORAÇÕES

Tipos de coloração para o cabelo, ingredientes e processos

Descobrimos que tipos de tintas existem, qual é a tendência, em que se diferenciam, que resultados se podem conseguir ou não, ou até se uma coloração totalmente natural é possível através dos especialistas estilistas que as usam


23/02/2021

O mundo das colorações é cada vez mais complexo, e as tintas convencionais convivem com outros à base de barros, plantas ou óleos. A tendência até ao eco é cada vez mais potente, mas nem sempre conhecemos como funcionam os diferentes tipos de tintas, em que se diferenciam, que resultados se podem conseguir ou até se uma coloração totalmente natural é possível.

O debate está aberto. Por esse motivo, revemos pela mão dos seus próprios protagonistas, os especialistas cabeleireiros e cabeleireiras, as suas opiniões a respeito.

O ingrediente mais temido: o amoníaco

Esta substância presente na natureza e até no nosso próprio corpo utiliza-se em muitas tintas, produzindo um cheiro muito característico. "Para que a cor fique fixa na fibra capilar devemos abrir a cutícula, um processo que às vezes definimos como 'partir' ou 'abrir' e outros profissionais definem como 'inchar' porque o que se faz é engrossar o fio. Este procedimento é o que permite que a cor não desapareça e que transforme definitivamente o tom natural do cabelo. O amoníaco é o responsável de o conseguir e depois de aplica-lo desaparece. Funciona como um gás que se evapora, permitindo não danificar demasiado o cabelo e devolvendo-lhe o pH natural. Em suma, permite fixar a cor e evitar que se irrite mais que a conta". Assim descreve o processo, Raquel Saiz de Salón Blue desde Torrelavega (Cantabria).

As tintas convencionais convivem agora com outras colorações mais naturais que cada vez atraem mais clientes que procuram evitar um excesso de substâncias químicas.

A maioria das tintas permanentes funcionam com um componente de dióxido de hidrogénio a 6% na água e uma solução de amoníaco, que trabalham ambos para dissolver e remover os pigmentos naturais para depois agregar cores. Uma vez misturada a pintura, a solução de amoníaco aplica-se ao cabelo, que incha a cutícula e remove os pigmentos naturais para pintar as células.
O amoníaco tem bastantes detratores por diversos motivos. Ainda que o seu uso nos produtos de tinta profissional é bastante seguro e, como mencionámos, melhora o rendimento da cor, o desagradável cheiro que desprende faz que não estejamos seguros sobre o seu perigo.

E o amoníaco é tóxico e, em concentrações elevadas, produz irritação de garganta, inflamação pulmonar e danos nas vias respiratórias e nos olhos. Devemos ter claro isto: em concentrações elevadas é perigoso. As concentrações em tintas costumam ser baixas, e por este motivo, além de ser seguro, as marcas continuam a apostar pelo amoníaco ainda que tenham à venda outras linhas de tintas sem amoníaco (menos eficaz para a tinta).

Substâncias substitutas

As tintas convencionais convivem agora com outras colorações mais naturais que cada vez atraem mais clientes que procuram evitar um excesso de substâncias químicas. Assim o confirma Maria José Llata, de Cabeleireiros Llata Carrera: "as tintas convencionais cada vez são menos e formulam-se de uma forma mais respeitosa que incluem tratamentos para minimizar os danos que causam, um processo inevitável se queremos fixar a cor. Esta é a única forma de o conseguir, sobretudo com os tons mais claros".

Na opinião da especialista: "as tintas naturais não conseguem uma cobertura tão perfeita e às vezes para evitar o amoníaco e outras substâncias presentes nas convencionais recorre-se a metais pesados, à MEA ou à fenilamina, que são piores. Às vezes os substitutos podem ser mais prejudiciais e utilizamo-los sem saber".

Barros, para que os quero

Os barros são uma opção quando se procura uma tinta natural. Assim, os barros definem-se como colorações 100% orgânicas de ativos botânicos que dão reflexo aos grisalhos, respeitando a cor do cabelo e melhorando a fibra capilar graças às suas propriedades fitoterapêuticas.

Assim, e em comparação, se falamos de tinta convencional, as colorações químicas por oxidação dão reflexo e tapam completamente os grisalhos. Também aclaram o cabelo natural com a diferença das tintas vegetais, que unicamente oferecem um tom ao cabelo ou escurecem-no. O aclarado vai depender do volume da água oxigenada que se utilize.
Na tinta convencional (coloração por oxidação), o fornecimento de pigmentos no cabelo é maior que nos banhos de cor e a interação com os pigmentos naturais do cabelo também, gerando a típica raiz.

Nas colorações naturais, conhecidas como barros, o processo não se perdem nem se alteram com as lavagens, trata-se tanto o couro cabeludo como o cabelo, engrossa-se a fibra e fornece muita hidratação. Não alteram, como dizíamos, a cor natural do cabelo, simplesmente dão um reflexo. Os grisalhos ficam como 'apagados'.

A tendência até à coloração eco é cada vez mais potente mas nem sempre conhecemos como funcionam os diferentes tipos de tintas, em que se diferenciam, que resultados se podem conseguir ou até se uma coloração totalmente natural é possível.

Quem usa, como é o caso de Rogelaine, fundadora de Rogelaine Lifestyle, defendem a coloração de barros que consideram totalmente natural e eficaz. Rogelaine, diz que pela sua origem natural "há algumas limitações em relação aos tons ou matizes a que estamos acostumados nas tintas convencionais. Porém, pode-se misturar entre eles e criar novas tonalidades totalmente personalizadas".

Criação de cores

Os tons mais claros são os mais difíceis de criar, sobretudo em cabelos como no nosso país em que a maioria são de base escura. "Se procuras uma cobertura perfeita dos grisalhos, uma cor extrema ou um loiro as possibilidades na hora de eleger coloração reduzem-se e é uma questão de química. Então, para os tons mais escuros sim porque não é necessário modificar tanto a estrutura do cabelo porque funcionam a criar uma espécie de maquilhagem sobre o cabelo, já que não modificam a cor de base, não descoloram", aponta José Garcia de José García Cabeleireiros de Pamplona.

Como funcionam as tintas naturais

Dentro da classificação da coloração natural existem muitas diferenças, assim como denominações diferentes. "Coloração orgânica, vegana, natural, bio… há tantas etiquetas que isso nos pode levar a confusão", adverte Felicitas Ordás, de Mataró, Barcelona.

"Primeiro há que ter em conta que tendo um ou vários ingredientes de origem natural ou biológica, não o converte em 100% natural nem evita que existam outas substâncias como as que podemos encontrar nas tintas tradicionais. A fibra capilar está coberta por uma espécie de escamas formadas por sete camadas de queratina. A tinta tradicional abre-as para modificar a cor sobre a melanina, a responsável por dar cor ao nosso cabelo, as colorações mais naturais apenas penetram até à primeira camada. Por isso a sensação é melhor, ainda que a cor fique presa sobre o cabelo, engrossando-o", opina Ordás.

Henna e pigmentos vegetais

Mudamos a cor do nosso cabelo desde a antiguidade, assim que até à chegada da maioria das tintas que utilizamos hoje, pintamos com outros métodos mais naturais.

"A henna é uma das colorações naturais mais conhecidas, o único inconveniente é que apenas consegues uma cor, da gama dos vermelhos, e que vai desaparecendo com as lavagens. Para conseguir outros tons mais escuros há que mudar a base com outras tintas como o azul. Outros pigmentos vegetais são os que se utilizam na conhecida como coloração com barros, ideal para pessoas que por diferentes motivos não querem utilizar alguns químicos. Ao atuar apenas na superfície, camufla os grisalhos, mas não as cobre na sua totalidade", explica Rafael Bueno de Rafael Bueno Cabeleireiros.

'Uma planta é sempre natural, sempre, mas apenas será ecológica se não foi tratada com pesticidas, radiações ou outros, se não é de origem transgénica, etc.', explica Elena Busto.

Dizer que os métodos de coloração 'naturais' que existem, a henna é a mais duradoura. A forma em que a henna pinta o cabelo é penetrando e manchando-o, já que as suas moléculas reagem com a queratina do cabelo mudando a sua cor. Por isso, e em contra do que alguns acreditam, a henna não descolora ou aclara a cor, como que o pinta dando-lhe tons mais profundos à cor natural. Outra das características da henna é que dá brilho e outorga força ao cabelo. Por isso é utilizado como bálsamo natural em máscaras capilares.

A henna, como tinta natural, porém, não é muito consistente ou uniforme, produzindo pequenas variações na cor. Por esta razão, o produto original combina-se com mínimas quantidades de químicos para obter resultados mais uniformes e estáveis. Também se usam químicos para prolongar o brilho que o cabelo adquire com a henna.

Óleos com 2% de química

Esta é uma coloração maioritariamente vegetal que inclui uma baixa percentagem de tintas químicas. "Com esta formulação consegue-se respeitar ao máximo o cabelo graças à sua composição altamente natural, ao mesmo tempo que a presença dos pigmentos artificiais ajuda a melhorar os resultados. Porém, atua desde camadas superficiais que traspassa ligeiramente e funciona cobrindo a fibra, como uma pátina", aponta Manuel Mon de Manuel Mon Estilistas de Oviedo.

É possível a descoloração

Os produtos e processos naturais atraem-nos cada vez mais e encontram-se entre as nossas preferências favoritas, porém, e à vista das opiniões, alguns resultados conseguem-se apenas como coloração convencional.

"Ainda não se pode realizar uma descoloração com procedimentos 100% naturais já que qualquer composto que consiga aclarar o cabelo é químico, os naturais não o podem fazer. As colorações naturais, sejam com barros ou óleos, podem aclarar apenas um ou um tom e meio a mais. Também devemos ter em conta que as tintas convencionais evoluíram e muitos incluem ingredientes naturais que protegem e cuidam do cabelo enquanto o descoloram", disse Charo García de Salón Ilitia de Valmaseda (Vizcaya).

Em termos da evolução até ao natural, os testemunhos são muitos e variados. Assim por exemplo, Elena Busto, responsável pelo Congresso de Cabeleireiro Ecológico que celebrou a sua segunda edição, o ideal é tender a isto: cabeleireiro ecológico. Era ela quem recentemente, numa entrevista para Beautymarket definia o citado termo: "O cabeleireiro ecológico é a saúde do profissional em primeiro lugar e das suas clientes, claro. Depois e como consequência vem o meio ambiente. Segundo o exposto, poderia atrever-me a dizer, que um cabeleireiro ecológico é um lugar onde se trabalha a beleza capilar de forma saudável, responsável e com produtos econaturais".

Os barros definem-se como colorações 100% orgânicas de ativos botânicos que dão reflexo aos grisalhos, respeitando a cor do cabelo ao melhorar a fibra capilar graças às suas propriedades fitoterapêuticas.

Busto adverte: "na cosmética, capilar ou de qualquer tipo, não existe uma legislação que regule o uso destes termos. Tudo vale! Infelizmente é assim. O único que regula o uso destas palavras são as certificações que existem de cosmética natural e ecológica".

Com o que, e chegados a este ponto, Elene coloca em ordem e conserto o uso de termos como clean, bio, etc., no cabeleireiro: "ecológico, eco, bio, orgânico… Todas estas palavras devem referir-se à matéria prima com a qual se fabricou o cosmético. Apenas o podem fazer as substâncias vegetais, pois na realidade, fazem referência à forma como foram cultivadas. Ou seja, uma planta é natural, sempre, mas não só será ecológica, eco, bio, orgânica… se não foi tratada com pesticidas, radiações ou outros; se não é de origem transgénica, etc. Por isso, as certificações diferenciam entre produto natural ou ecológico. Por exemplo, BioVidaSana-BioInspecta, a certificação que temos em Espanha, cataloga o produto como natural, natural com x% de ingrediente ecológico ou ecológico total. E por último, dizer que clean faz referência a limpo, a que não suja ou contamina, teria que se ver se é verdade".

 
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