A indústria estuda os efeitos dos cosméticos na microbioma facial

Hoje em dia, conhece-se a maioria das espécies de bactérias faciais ainda que se necessitem procedimentos que permitam quantificá-las de uma forma ou de outra. A empresa Phylogene, especializada em análises para laboratórios, apresenta alguns deles. Como o método quantitativo PCR, que permite conhecer a evolução das ditas bactérias desde um ponto de vista quantitativo, com base em duas condições: género ou nível das espécies.

A vantagem principal deste método é o seu custo já que engloba dentro de um sistema de investigação básico ainda que se limita a uma série de espécies bacterianas determinadas. Além disso, neste estado é difícil explicar se as modificações das espécies são boas ou más.

Segundo método: sequência de bactérias

A companhia oferece um método mais profundo de investigação utilizando a sequência do gene 16S para bactérias e da região ITS para a identificação classificada de fungos. Este método tem a vantagem de subministrar uma investigação em profundidade das comunidades microbianas. Além disso, proporcionará as evoluções semiquantitativas da composição taxonómica (classificada) e a diversidade microbiana. Em linhas gerais é possível saber se o produto modifica ou não o entorno microbiano. Como desvantagens principais, cabe citar a metodologia semiquantitativa, as variações que se produzem em 16S PCR e a falta de relação causa efeito na pele.

Terceiro método: alta resolução proteómica

Com este método ainda se pode saber mais sobre esta questão já que se investiga a pele e a sua microbiota quanto à sequenciação e funções metabólicas. Isto faz-se com a alta resolução proteómica ou estudo em grande escala das proteínas.

Em concreto, podem conhecer-se as variações em âmbitos como a defesa, a virulência ou os mecanismos de transporte de lípidos bacterianos assim como os mecanismos proinflamatórios de ativação da pele. Portanto, dá a conhecer os impactos dos produtos sem proporcionar a relação causa e efeito. Como vantagem, este procedimento proporciona correlações entre fenómenos na pele e níveis bacterianos.

Portanto, a investigação microbiana requer algumas precauções na hora de fazer a mostra. Por exemplo, as variações interindividuais e a grande quantidade de dados facilitados já que é preciso comparar o lado esquerdo com o direito da cara ou o corpo. Além do fator tempo, existem condicionantes ambientais ou fisiológicos que podem introduzir uma inclinação no experimento.