Política de Cookies: Usamos cookies próprios e de terceiros para mostrar publicidade relacionada às suas preferências de acordo com seus hábitos de navegação. Se você continuar navegando, consideraremos que você aceita seu uso. Você pode alterar as configurações ou obter mais informações aqui. 

Aceitar

Forte Pro 2020L - Secador ultraligeiro, potente, eficiente
Forte Pro 2020L - Secador ultraligeiro, potente, eficiente

GESTÃO

Kintsugi ou a teoria da resiliência

Se tens uns minutos para e lê este 'ensaio' sobre a gestão das emoções, do velho e partido que é feito novo para apreço da alma, os sentidos e o desafio como superação pessoal na vida e também nas empresas


12/11/2019

Sob o nome de uma técnica centenária japonesa que consiste em reparar peças de cerâmica partidas, esta prática que ultrapassa limites para se instaurar como um modo de pensamento, vida e ação, planteia que não faz sentido ignorar as feridas da alma, lavá-las ou dissimula-las. Pelo contrário recompõe-nas, une as peças partidas, o que revaloriza a beleza das cicatrizes. As ruturas fazem parte da história do objeto, convertem-no em único e definem a sua identidade.

Trata-se sim, do Kintsugi ou a teoria da resiliência. Uma arma de sedução para ti mesmo, que funciona e que nos ajuda a aparar os golpes que de um lado ao outro nos dá vida. Em todas as facetas, a pessoal e a da alma e a dos erros cometidos, à frente do leme dos teus dias, incluída a família, amigos, ambiente e o teu negócio.

"Um dano que pode reparar, remendar. O partido é difícil de reparar, quase sempre é melhor mudar por outro. Assim, o danificado tem uma reparação possível. Uma esperança, a ilusão de voltar, não digo ao estado anterior ao dano, mas sim a um estado em que a vida possa continuar a fluir (...) Não poderás evitar o dano mas podes converter isso que hoje não deixa viver uma dor apaziguada". Assim se recolhe em Una Suerte Pequeña, a perturbadora novela da escritora Claudia Piñero.

Do Kintsugi à resiliência

O processo de sanação emocional imprime as suas marcas, cicatrizes que bem podem deixar à vista ou ocultar-se com receio. Mas segundo o Kintsugi, recompor-se das feridas é a melhor filosofia de vida. O valor está na imperfeição, no desgaste. Assim, sob a premissa desta prática, um coração destroçado poderá ser ornamentado com encaixe e a união dos fragmentos ser unida com um verniz empoeirado de ouro, prata ou platinado. Claro que com as ruturas do coração não é tão simples como com as peças de cerâmica. E leva tempo. No Kintsugi a etapa de secagem é chave para a recomposição do objeto porque é justamente o que garante a sua solidez e duração.

Santiago Moll, professor, formador presencial e on-line e blogger autor de "Justifica a tua resposta", num artigo revelador, quase um ensaio, descreve com detalhe um episódio à volta do Kintsugi o qual o marcou profundamente. Referia-se à visão de um prato partido, recomposto, pegado e repintado nas uniões decoradas para um maior efeito.

"O prato em relação deixou de ser um prato convencional para se converter em algo mais, algo com um valor adicionado e no qual o conceito de reparação adquiria um novo e valioso significado. É precisamente o conceito de reparação que me deu a ideia de relacionar o termo Kinsugi à resiliência", assegura Moll.

A cultura japonesa é uma cultura com um alto sentido de espiritualidade. Assim, juntamente com o termo Kintsugi, também existe a expressão Wabi-sabi que consiste por sua vez em unir a beleza dos objetos partidos, velhos ou deteriorados. Isto faz com que o verdadeiro valor de um objeto não radique exclusivamente na sua beleza externa, como na história que o dito objeto possui.

O termo resiliência utilizou-se comumente na física para se referir à capacidade que um corpo possui para se dobrar, esticar ou comprimir-se e depois recuperar a sua forma original.

"A sociedade atual, a sociedade ocidental perdeu o interesse por restaurar o velho do partido. E isto deve-se a que na sua escala de valores se relaciona o belo com o novo, o que é o mesmo que anular o velho e partido para ser substituído por algo novo e moderno", assegura o professor.

Então, a seguinte pergunta é: o que se passa quando transcendemos o objeto a uma pessoa, a uma pessoa partida e deteriorada por dentro? Aí é onde o termo resiliência joga um papel fundamental. "No artigo titulado como 10 maneiras de ensinar resiliência aos teus alunos já defini a resiliência como a 'capacidade humana de assumir com flexibilidade situações limite e sobrepor-se a elas'. Portanto, igualmente ao Kinsugi, a resiliência fala do valor da reparação como uma maneira de sair de uma situação traumática", escreve Santiago Moll.

O que a resiliência faz é preparar a pessoa para a chegada ou o acontecimento de uma situação traumática ou dolorosa.

Se estás partido por dentro ou por fora, se a tua gestão foi um erro crasso, a resiliência oferece-te a oportunidade de te devolver o sorriso e recompor a tua alma e o teu espírito para que uma vez restaurados corpo e alma, ao mesmo tempo que um objeto de porcelana exposto ao Kintsugi, possas ressurgir com todas as tuas forças e toda a determinação para te sobrepores aos obstáculos que a vida de põe à frente.

Treinado o Kintsugi

Mas tudo isso possui uma ciência e dinâmica próprias com treino que se sustenta em diretrizes emocionais concretas. Trata-se de:

  • Autoconhecer-se para ser consciente de quais são os teus pontos fortes que necessitarás usar numa situação traumática.
  • Descobrir em ti aquelas habilidades que te fazem destacar em algo que poderás usar para sair de uma situação difícil.
  • Potenciar o máximo os hábitos saudáveis baseados numa boa alimentação, exercício moderado, redução do stress e sono reparador.
  • Aprender a escutar de forma ativa e empática aquelas pessoas que podem ajudar-te não só desde a palavra como desde o coração.
  • Fomentar a autoestima reforçando positivamente aquelas atuações que te tornam melhor.
  • Aprender a solucionar os teus próprios conflitos através da formulação de perguntas abertas que tu mesmo deves responder.
  • Fomentar a bondade e a assertividade contigo mesmo e com os outros.

Sim, efetivamente, trata-se de disfrutar e cultivar uma visão otimista da vida.

A resiliência nas empresas

Mas, o que se passa quando falamos da empresa?

O termo resiliência (resilience ou resiliency), utilizou-se comumente na física para se referir à capacidade que um corpo possui para se dobrar, esticar ou comprimir-se e depois recuperar a sua forma original. Posteriormente, este termo incorporou-se na psicologia, empregando-se para designar como resilientes aquelas pessoas que se adaptam às mudanças e fazem frente às adversidades, transformando os problemas e as situações stressantes ou nocivas em oportunidades.

Segundo o portal Cadernos de Segurança, no nosso ambiente laboral, sempre pudemos encontrar aquele colega que, apesar de suportar o aumento da exposição a fatores de risco psicossocial, acaba rapidamente por aceitar as condições e adaptando-se às mudanças de forma natural, encontrando estratégias próprias para elaborar planos de ação que resolvam as novas situações que enfrenta.

Por exemplo, o feito de aumentar a quantidade de tarefas a realizar no mesmo período de tempo, supõe um aumento dos níveis de cortisol, o que é o mesmo de maior stress. Assim, perante este caso, encontramo-nos com o seguinte tipo de pessoas que:

  • Ficam frustradas e reclamam mas podem fazê-lo e nem sequer tentam.
  • Outras que ficam alarmadas mas fazem-no.
  • Pessoas que não são capazes de o realizar por mais que tentem.
  • E outras que o aceitem e o fazem e assim encontram a maneira de otimizar o seu tempo.
    Este último seria um exemplo de um grupo de pessoas chamadas resilientes, uma vez que vêm a situação como um desafio que devem manejar.
O que faz a resiliência é preparar a pessoa perante a chegada ou o acontecimento de uma situação traumática ou dolorosa.

E não apenas isso, se somos capazes de ser resilientes, o nosso será também a capacidade de assumir o compromisso, o controlo e o desafio, o que nos conduzirá ao êxito, além de somar ao nosso corpo o espírito vantagens edificantes:

» O compromisso com o trabalho ou a tarefa a realizar ajuda a moderar as consequências do stress, já que a pessoa implica-se sentindo-se parte de uma equipa ou organização.

» O fator controlo faz referência à convicção que a pessoa tem de si mesma para enfrentar uma situação. Se tiver maior controlo, seguramente que terá mais tempo para pensar que recursos dos que possui pode utilizar em cada caso.

» Por último, o desafio consiste em perceber um estímulo stressante como uma oportunidade de mudança, algo imprescindível para a resiliência.

Aqui está a mudança que nos acompanha há possivelmente um par de décadas sem acabar por ser uma mudança a cem por cento, o qual deriva certamente em episódios críticos de stress que nos podem chegar a paralisar como trabalhador, empresa e empresário.

Se estás partido por dentro e por fora, se a tua gestão foi um erro crasso, a resiliência oferece-te a oportunidade de te devolver o sorriso e recompor a tua alma e o teu espírito.

Mas se nos centrarmos no caso concreto das empresas, vejam por adiante estas 5 características inatas às organizações resilientes, para sair airosos contra as transformações e as mudanças.

CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM.
As empresas resilientes têm a capacidade de aprender em qualquer situação e ambiente que lhes seja apresentado, fazem as melhorias que considerem necessárias e começam a ter um desempenho impecável para conseguir a rentabilidade requerida. As empresas resilientes podem aparecer e desaparecer num período curto de tempo com diversas estruturas até que se produza a melhor e dali começar a desenvolver-se para disfrutar unicamente de crescimento.

DIVERSIFICAM OS SEUS PRODUTOS.
A inovação é a base das empresas resilientes, pois sabem identificar o momento oportuno para adicionar produtos ou linhas novas de negócio às já existentes, pelo que encorajam a criatividade nas equipas de trabalho para que sujam sempre ideias que ajudem o desenvolvimento da organização. Sobretudo neste mundo cheio de avanços tecnológicos, não podemos ficar parados perante as mudanças que se enfrentam.

SÃO FLEXÍVEIS.
A improvisação é uma das armas da resiliência, fazendo ajustes conforme as diversas situações que se podem apresentar no transcorrer do tempo. Há que ser práticos perante as mudanças que se vão originando e não empregar demasiado tempo em fazer esses ajustes que podem marcar a diferença entre ter sucesso ou continuar fracassado.

TRANSFORMAM O AMBIENTE.
Quando uma empresa cai num buraco porque as vendas foram abaixo é aí onde tem que surgir a resiliência empresarial para mudar o seu ambiente e procurar oportunidades de negócio onde ninguém mais pode vê-las. A chave de sobreviver às adversidades é precisamente ser o motor de mudança para que quando cairmos nos levantemos, recuperemos e melhoremos as condições financeiras.

CONTRATAM PESSOAS RESILIENTES.
As companhias que estão a ter êxito nos diferentes mercados, é porque estão a apostar também pela contratação de pessoas que se comprometem com o ambiente, aquelas que são capazes de controlar as suas emoções, as que se adaptam facilmente às mudanças, que viajaram para outros países, que têm uma formação cultural acima da média e isto faz com que sejam pouco vulneráveis à constante pressão e stress que se vive nas empresas e portanto sejam por sua vez mais atrevidos no que fazem, pois o risco não é um fator que possa deter o seu ímpeto de superação.

"Estamos a passar por uma época onde as coisas cada vez são mais complicadas na hora de querer ser mais competitivos que os nossos adversários e há empresas que a única coisa que podem fazer é resistir perante esses embates que podem coloca-las em sérios problemas, e é aí onde toma uma enorme importância ao serem resilientes", declara Germán Rivera, diretor de Finanças e colunista em empresasydinero.com. "Onde sobreviver não é a única opção das empresas, há que aguentar e esquivar aos disparos, aprender com as más experiências, anteciparmo-nos às tendências e apenas assim conseguiremos sair fortalecidos e com uma capacidade enorme para crescer de forma sustentável".

 
Mais informação

  • Partilhe este artigo
  • Enviar a un amigo
  • Compartir en WhatsApp
Forte Pro 2020L - Secador ultraligeiro, potente, eficiente

 

Grátis! Agora! Toda a atualidade no teu correio eletrónico de 15 em 15 dias. Subscreve.
Forte Pro 2020L - Secador ultraligeiro, potente, eficiente

Anúncios de empresa

Grátis! Agora! Toda a atualidade no teu correio eletrónico de 15 em 15 dias. Subscreve.
Grátis! Agora! Toda a atualidade no teu correio eletrónico de 15 em 15 dias. Subscreve.