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A NOVA ECONOMIA

As 10 tendências do consumo do futuro

Restart: 10 Post Covid-19 Trends, o relatório da consultora Opinno que recolhe os novos e alguns paradigmas do mercado e os seus consumidores em poucos meses


30/04/2020

Tendências - Consumo - Futuro

A consultora de inovação Opinno acaba de publicar o relatório Restart: 10 Pos Covid-19 Trends, no qual identifica 10 tendências do consumo e a economia que darão entrada a um novo mundo depois da pandemia do coronavírus. Para o diretor geral de Opinno, Tommaso Canocini: "As empresas que terão êxito a longo prazo não serão apenas as que melhor gerem esta crise mas as que sabem adaptar-se melhor à nova normalidade".

10 megatendências, 10 mandamentos, as que terás de estar muito atento ao recuperar a vida normal se queres triunfar e mais importante ainda, reincorporar-te no que parece ser a nova economia pós Covid, em que os valores vão mudar deixando de lado até em ocasiões a carreira no máximo benefício em favor das pessoas e os vulneráveis.

Tendências - Consumo - Futuro

Bem-estar, saúde e higiene, acima dos outros

Nunca voltaremos a ser iguais. Homens e mulheres vão cuidar mais de si mesmos e também do seu ambiente e dos outros. A hipocondria, o medo das consequências da falta de higiene e segurança, assim como um modo de vida saudável, vão converter-se numa alavanca para inovar na indústria da saúde, cuidados intensivos e bem-estar.

Vamos ver revoluções como as pessoas quantificadas, o diagnóstico assistido e os tratamentos personalizados. A medicina preventiva vai reforçar-se: teremos mais sensores para monitorizar os nossos parâmetros vitais e evitar problemas de saúde. Geraremos mais dados, que avaliarão profissionais ajudados por sistemas de Inteligência Artificial (IA) para personalizar os tratamentos. "Temos que repensar as nossas experiências de clientes para lhes dar segurança. Visionamos um futuro onde quase todas as empresas se transformem em empresas de saúde", aponta Tommaso Canonici.

Low Cost com valores e alongamento programado

A crise do coronavírus demonstrou-nos que a economia, nacional e individual, é frágil. As pessoas vão poupar mais, o que vai favorecer o aparecimento de novos métodos para isso e produtos financeiros focados a medio e longo prazo.

A medicina preventiva vai reforçar-se: teremos mais sensores para monitorizar os nossos parâmetros vitais e evitar problemas de saúde.

Isto vai supor uma grande oportunidade para a indústria financeira e as fintech. Além de poupar, a vida low cost será a guia principal. Vai-se comprar menos coisas, a preços mais acessíveis, e o consumidor vai exigir que durem mais, além da mercadoria e os bens sejam respeitosos com a sociedade e o meio ambiente.

Será a era do Alongamento Programado, um terreno especialmente fértil para a indústria e o grande consumo? "Vamos fixar-nos muitíssimo mais nas etiquetas, de onde vêm os produtos, os valores que tem a marca e o quanto são comprometidas com a sociedade".

Economia do reconhecimento: os novos heróis

Mais além do profissional sanitário, os heróis do novo mundo serão os transportadores, os trabalhadores dos supermercados, o pessoal da limpeza, os cuidadores de pessoas mais velhas e as distintas forças de segurança.

Deveremos colocar em valor os seus serviços, o que será uma oportunidade e um desafio para a indústria de alimentação, a logística e os bens de primeira necessidade.

Tendências - Consumo - Futuro

Serviço Básico Universal

A economia digital, dominada pelos gigantes dos dados, reabriu o debate da renda básica universal. Agora, a pandemia do Covid-19 poderia impulsionar o conceito dos serviços básicos universais, uma ideia que já funciona desde a chegada dos serviços premium. À medida que diferentes serviços se aproximem a custo marginal zero, empresas e governos terão a oportunidade de criar versões gratuitas para os mais desfavorecidos. Além disso, estes serviços poderão converter-se num gancho comercial para conseguir novos clientes.

Sim ou sim, a era digital

O teletrabalho massivo chegou para ficar. As relações em remoto, tanto laborais como comerciais serão mais habituais e vão converter-se num estímulo para atrair talento. Esta mudança favorecerá a tendência em auge dos nómadas digitais.

Neste contexto, os setores de viagens e a indústria de facilities management encontrarão uma grande oportunidade para inovar.

As relações em remoto, tanto laborais como comerciais serão mais habituais e vão converter-se num estímulo para atrair talento.

O consumo digital vai disparar, as empresas e os seus modelos operativos terão que se adaptar com automatização massiva e eliminação da fricção da tecnologia, tanto na sua componente física, através da robótica, como na sua componente digital, através da IA.

Esta mudança será reforçada pela economia de custos, pela necessidade de criar produtos ultrapersonalizados, e por responder a contingências que limitem a disponibilidade de pessoas.

Tendências - Consumo - Futuro

Patriotismo económico: a reindustrialização da Europa e Portugal

O desabastecimento vai reforçar a importância da investigação, da produção própria e a redefinição da cadeia de subministro. Nos próximos anos, tanto cidadãos como governos serão mais perfecionistas nos seus hábitos de consumo ou terão de redefinir a sua cadeia de subministro. Isto vai gerar uma grande oportunidade para impulsionar a indústria portuguesa, para "voltar aos basics" e reivindicar o "made in Portugal". A globalização será obrigada a redefinir-se por razões medio-ambientais, sociais e estratégicas.

Tendencias - Consumo - Futuro

A economia da sustentabilidade

Depois da pandemia, governos, empresas e cidadãos vão recuperar a luta contra a mudança climática.
As empresas que não sejam sustentáveis podem estar em claro risco de extinção.

A sustentabilidade vai converter-se no novo grande pilar dos valores corporativos e pessoais, e fá-lo-á de todos os ângulos porque, para que algo seja sustentável, deve sê-lo a nível económico, humano e medio-ambiental.

Tendencias - Consumo - Futuro

Business Future Thinking: estratégia empresarial mais futurista, colaborativa e aberta

Desde já, a gestão empresarial vai manejar cenários mais ou menos apocalípticos com planos de contingência. Rodear-se de visionários, tecnólogos, futurólogos e envisioners será cada vez mais importante e as predições vão ser feitas a cada vez mais a curto prazo. Além disso, as empresas serão mais colaborativas.

Capitalismo na slow society

O abrandamento que estamos a viver vai obrigar a redefinir os KPI pelos que medimos as empresas. É possível que vejamos e utilizemos novos parâmetros de medição, estratégia e posicionamento, valorizações com PER (relação custo/benefício), acordos com a previsão de benefícios num período aproximado de cinco anos que além disso, para algumas empresas, serão sensivelmente inferiores. Uma vez mais, os ESG (environmental, social and corporate governance) serão um componente fundamental da valorização das empresas.

Tendências - Consumo - Futuro

Desconfiança massiva: acabou qualquer classe de engano

O mundo atual, com falta de liderança intelectual, cultural e ética, vai precisar de novas referências. A credibilidade das fontes de informação será estratégica, como a transparência e o conhecimento profundo, elementos que deverão converter-se nos novos valores e pilares de qualquer marca que queira sobreviver. Governos, empresas e meios de comunicação já não poderão basear-se em estratégias frívolas e populistas. Mentir deixará de ser uma opção...

 
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