Beleza dirigida às mulheres, mas não por elas

"Uma feminista é alguém que
reconhece a igualdade e a plena
humanidade das mulheres
e dos homens".
Gloria Steinem, jornalista e escritora
norte-americana, ícone do feminismo (1934).

O passado dia 8 de Março, Dia da Mulher, tem sido uma data para reclamar, reivindicar e continuar a lutar pela paridade. E, claro, foi um dia para refletir.

No que diz respeito à indústria da beleza em geral, em estética particularmente, é importante destacar que entre as 20 maiores marcas ou multinacionais de cosmética, apenas uma, Revlon, é dirigido por uma mulher, Debbie Perelman.

Sem mencionar a diferença salarial, um fenómeno que não salva nenhum campo profissional. As mulheres cobram 23% menos que os homens, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O que nos leva a uma reflexão final. São os homens que fazem beleza para as mulheres, num setor em que as mulheres parecem ser o principal objetivo. Que não tem coerência. O lógico é que homens e mulheres trabalham, consomem e recebem uma folha de pagamento em paridade. Algo que deve ser acompanhado pela implementação obrigatória e progressiva de políticas de equidade de todo e qualquer nível. Até que isso aconteça, e sempre, sem passar a outro extremo, nunca seremos igualitários.