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PROIBIÇÃO

Bélgica defende o desaparecimento dos solários no país

O Conselho Superior de Saúde defende a supressão dos centros solares


17/07/2017

Mais de um milhão de pessoas, entre os 15 e os 65 anos, experimentaram sobre-exposição aos raios UVA das cabinas solares durante o ano escolar, segundo o Conselho Superior de Saúde. O organismo tornou pública a sua opinião sobre as cabinas solares e os riscos associados às mesmas, na passada segunda-feira, 26 de junho. O CSS pronunciou-se sobre uma supressão dos solários, tendo em conta os perigos (razões puramente estéticas dos consumidores, riscos elevados de desenvolver cancros após a exposição aos raios UVA, aberturas permanentes dos centros, etc.).

Bélgica defende o desaparecimento dos solários no país

Possíveis riscos de contágio e também para a saúde dos usuários

Uma campanha de prevenção poderia, dentro de 50 anos, evitar 6.000 mortes. A Fundation contre le Cancer (Fundação contra o Cancro) corrobora com a posição do Conseil Supérieur de la Santé. Desde a organização que pedem a execução rápida de um plano que aspire a acabar progressivamente com as cabinas solares, que classificam como "máquinas de cancro", aos responsáveis políticos. Além disso, pedem a proibição, seguida por um desaparecimento progressivo das mesmas.

Por outro lado, Kris Peeters, vice-primeiro-ministro e ministro do emprego, economia e consume, lamentou que, durante o ano passado, no decorrer dos controlos efetuados nos centros de bronzeamento, a inspeção económica constatou 1.214 infrações. Portanto, 94% dos solários não estavam em cumprimento. Peeters assegurou que, no caso de apodrecimento e contágio, não se pode ser um simples espectador. Além disso, o vice-primeiro ministro alertou os consumidores que apenas se queiram bronzear para que o façam de maneira prudente.

Apesar de todas as advertências e o conhecimento dos possíveis danos do uso de cabinas solares por parte de 94% da população, a utilização das mesmas permanece.

O ministro vai mais longe e anunciou novas medidas. Uma delas consiste no seguinte: o centro de bronzeamento deverá pagar os controlos de radiação de raios UVA realizados por um laboratório independente. Com antecipação, deverá sujeitar-se à inspeção pública competente.

Da mesma forma, o Decreto Real será modificado de maneira que fixará as condições de funcionamento dos centros de bronzeamento (incluindo publicidade relacionada com a saúde que advirta que também é possível desenvolver cancro num solário com o uso de cabinas solares, proibição de falar dos eventuais benefícios do solário, etc).

Bélgica defende o desaparecimento dos solários no país

Mais de um milhão de belgas utiliza as cabinas solares

Apesar de todas as advertências e o conhecimento dos possíveis danos do uso de cabinas solares por parte de 94% da população, a utilização das mesmas permanece. Em comparação com outros países europeus, utiliza-se muito a cabina solar na Bélgica. Em 2015, 14% da população belga recorreu a uma cabina solar no mínimo uma vez por ano. 62% dos usuários fizeram, pelo meos, 10 sessões num ano e 23% ultrapassaram as 20 sessões ao longo dos últimos 12 meses. No total, isto perfaz mais de um milhão de pessoas entre os 15 e os 65 anos, durante o que seria o ano escolar.

 
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