Licopeno, o ingrediente mágico que se come ou se bebe e se converte em nutricosmética
De forma maioritária presente no tomate e geralmente em frutos e vegetais de cor vermelha, o licopeno duplica a sua procura no mundo como um ingrediente da nutricosmética, cada vez mais consumida, em áreas da saúde e bem-estar
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O reino vegetal é fonte inesgotável de saúde e beleza. Base essencial da pirâmide nutricional, vitaminas e minerais. Frutos e vegetais são também quem mandam em relação a nutricosméticos, a cosmética que se ingere, come e bebe.
Nos últimos anos, a convergência de alimentos e cosmética na indústria da beleza converteu-se numa das maiores tendências. Agora, mais acentuada ainda pelos hábitos saudáveis reivindicados pelos consumidores na pandemia.

Desde há muito tempo, determinados produtos alimentares ou ingredientes estão a abrir caminho às aplicações cosméticas. É o caso do licopeno, que atrai títulos e vendas, sobretudo agora depois do covid-19 onde augura o êxito redondo dos ingredientes que se comem ou bebem para a saúde e beleza, nutricosmética.
A nutricosmética, o multimilionário negócio no auge que promete beleza
Ácido hialurónico, vitaminas, extratos de plantas ou minerais são nutricosméticos que podem ser encontrados em forma de pastilhas, pilulas, cápsulas ou ampolas monodose. Um mercado em plena ebulição que já consegue agarrar 28% da população espanhola. Porém, o nosso país ainda se encontra abaixo da média europeia (48%) na procura destes produtos. De momento, o seu crescimento interanual mantém-se em 5%, segundo dados da consultora Nielsen.
Este mercado move 3.500 milhões de dólares anuais e esperava-se que para este 2020 alcançasse os 7.400 milhões. Este crescimento paulatino vê-se associado ao aumento da preocupação por uma alimentação saudável e exercício físico para levar uma vida saudável. Uma macrotendência que se viu acentuada na crise sanitária.
No caso de Espanha, durante 2015 os alimentos saudáveis vendidos presumiram 1.059,6 milhões de euros, 23,4% das vendas totais segundo o relatório 2016 do mercado da alimentação saudável realizado por Alimarket.
Recentemente, o licopeno, um destes ingredientes 'que se comem ou se bebem', ideais para a saúde e beleza, ocupava as manchetes. As empresas duplicam a sua produção perante a crescente procura.
Mas, o que é e de onde provem em concreto o licopeno?
Quando falamos das frutas e verduras de cor vermelha, podemos destacar o composto que lhes caracteriza, o que vem da sua cor, que é o licopeno. Falemos das propriedades e usos que oferece.

O que é o licopeno? Pigmento de frutas e verduras, ingrediente para o bem-estar
O licopeno é um pigmento que geralmente se encontra nas frutas e verduras de cor vermelha ainda que existam exceções em que um alimento é de cor vermelha, mas carece deste pigmento e o contrário, um alimento não é de cor vermelha mas contém este composto da família dos carotenos.
Um caroteno é um composto químico que pertence à família dos betacarotenos e que ao ser ingerido, transforma-se em vitamina A e aloja-se no rim. Se se armazena em tecido gordo, não se transforma e cria uma cor alaranjada nas palmas das mãos e dos pés. O beta caroteno também é o causador da cor amarela em alguns derivados do leite como por exemplo ocorre com a manteiga.
O alimento que maior quantidade de licopenos contém, é o tomate, que é fruto que se consome assiduamente em todos os lugares espanhóis devido à sua dieta mediterrânica e ao consumo elevado que fazem dele, sobretudo no verão com receitas tradicionais de saladas, molhos e gaspachos.
Quando ingerimos alimentos com licopeno e passa meia hora, o composto é absorvido pelas micelas dos lípidos no intestino e depois liberta-se através do sistema linfático até ao fígado entre outros órgãos como os testículos, próstata ou as glândulas suprarrenais.
O corpo não absorve de igual forma o licopeno dos alimentos. A diferença de absorção depende do tipo de alimento e com o qual acompanha, porque costuma ser melhor absorvido se for através de gorduras ou óleos.
Por exemplo, o licopeno do tomate é absorvido mais facilmente pelo corpo se for acompanhado com óleo, como numa salada alinhada ou ao fazer um molho de tomate, guisado com azeite. Tambem é mais simples a absorção se o alimento se consome quente, como é o exemplo de um molho de tomate.
Poderoso antioxidante, funciona como qualquer outro eliminando e neutralizando os radicais livres, que são os causantes da detioração e morte das células, produzindo o envelhecimento prematuro ou doenças como certo tipos de cancro.
Licopeno contra a doença e o envelhecimento
Os benefícios do licopeno estão principalmente relacionados com a prevenção de algumas doenças. Certos estudos determinam que o seu consumo habitual reduz o aparecimento de vários tipos de cancro.
A asma é outra doença que se previne através do consumo do licopeno e os alimentos que o contêm.
Os problemas da vista relacionados com a sua detioração pelo passar do tempo também se reduzem como o caso das frequentes cataratas.
Também está associado o licopeno à prevenção do Virus Do Papiloma Humano.
Os antioxidantes do licopeno são a melhor prevenção para o envelhecimento.

Propriedades do licopeno
Resumindo e segundo o que foi dito até aqui, o licopeno tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e quimioterapêuticas.
» Propriedade antioxidante: a oxidação é um processo natural, que se produz quando o corpo no seu funcionamento ordinário utiliza o oxigénio nos processos vitais. O corpo tem um sistema próprio de defesa perante os antioxidantes, mas quando as reações do oxigénio e o nitrogénio são maior e o corpo não consegue realizar as funções antioxidativas necessárias, é quando o dano é produzido nas membranas das células, nas proteínas e o ADN.
» Propriedade quimioterapêutica: quando a produção de antioxidantes não é suficiente, o licopeno pode fomentar a criação da apoptose, que é a autodestruição de células. Isto é feito pelo próprio organismo, para se defender de possíveis células que posam matar doenças como o cancro. Desta forma, pode-se dizer que o Licopeno atua como uma quimioterapia natural.
» Propriedade anti-inflamatória: o licopeno pode fazer que desapareçam as células que produzem a mitose, ou seja, a divisão celular. A função anti-inflamatória produz-se quando o licopeno se oxida e se fragmenta com ácido hipocloroso.

Alimentos que contêm licopeno, tomates ricos em antioxidantes
O tomate é o alimento estrela em conteúdo do licopeno, já que na sua composição existe 80% ou 90% deste benéfico complemento. O tomate e os seus derivados, apenas contêm gordura, são portadores de grande quantidade de fibra, proteínas, vitaminas E, A e C, além de potássio.
Outros alimentos ricos em licopeno são:
Cenouras vermelhas.
Melancias.
Papaias.
Romãs.
Alguns alimentos que não contêm nada de licopenas apesar da sua cor vermelha:
Morangos.
Pimentos vermelhos.
Cerejas.
Precauções e doses
Há que ter cuidado com a quantidade que se chega a ingerir de licopenos, porque em grandes quantidades poderiam converter-se em tóxicas.
Em pessoas com um estilo de vida saudável, ou seja, com uma alimentação equilibrada, que não fuma e pratica desporto, as quantidades de licopenos pode ingerir sem que chegue a ser tóxico, pode ser maior.
Pelo contrário, em pessoas que levam uma vida sedentária e são fumadoras, é mais provável que uma quantidade menor de licopenos seja tóxico para o seu organismo.
As pessoas que padecem de úlceras no estômago ou qualquer outra dolência no mesmo, têm que tomar alimentos que contêm licopeno com precaução.
Uma das reações do corpo perante o licopeno, é que é causador de pressão arterial baixa, por isso, as pessoas que se medicam para manter a sua pressão arterial na linha, têm de tomá-lo na hora de consumir alimentos que contenham este complemento.
No caso de problemas hemorrágicos, os licopenos podem aumentar sensivelmente o risco dos mesmos.
Para aqueles que fazem tratamentos hormonais ou com estrogénios, o licopeno pode chegar a interceder com as isoflavonas.
Se existe a possibilidade de ser alérgico ou ter certa sensibilidade ao licopeno, há que evitar a todo o custo a ingestão de tomates ou qualquer outro alimento que contenha este colorante natural. Algumas pessoas sofrem reações alérgicas na pele e aparecem erupções cutâneas depois da sua ingestão.
O 'boom' da nutricosmética
O verdadeiro 'boom' encontra-se na Ásia Pacífico e EUA, onde alguns supermercados, até e curiosamente se converteram em autênticos laboratórios de beleza e saúde, pois criaram espaços específicos para a venda de uma grande variedade de nutricosméticos.
Japão lidera o mercado mundial com uma procura de 50% já que, desde há anos, as mulheres tomam suplementos para conseguirem efeitos rejuvenescedores. Algo parecido ocorre na China, onde a nutricosmética ajuda a manter um aspeto mais jovem.
Em Londres, lojas tão exclusivas como Harrods ou Selfridges já dedicam um espaço só a nutricosméticos. O público alvo que mais reclama por estes produtos são as mulheres entre os 30 e 45 anos, que constituíram 75%. Os homens presumiam os 25% restantes. Ambos usam a nutricosmética, na sua maioria, pela mesma razão: parar as marcas da idade.

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