Sabes eleger entre cosmética natural e ecológica?
Conhecer as diferenças entre uma e outra ajuda-nos a escolher a mais que nos interesse
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Em Espanha, o consumo de perfumes e cosmética alcançou os 6.600 milhões de euros no final dos ano 2016, 3,25% mais comparado com o exercício anterior, segundo dados facilitados pela Associação Nacional de Perfumaria e Cosmética (Stanpa). A cosmética natural e orgânica supôs 8% do total das ditas vendas, com um volume de negócio de 530 milhões de euros. Este segmento não ostenta uma percentagem muito alta, mas as perspetivas de crescimento são muito esperançosas, já que se fala de um crescimento de 15% anual. Assim, durante o ano de 2017 surgiram mais de uma centena de novas marcas de cosmética natural e orgânica, a maior parte certificadas ou em processo de certificação, segundo a Stanpa, o que mostra a força deste segmento de mercado.
Em relação a hábitos e preferências de consumo, os dados facilitados pela plataforma de beleza Birchbox nos finais do mês de fevereiro, deixaram claro o interesse em torno da cosmética natural por parte das consumidoras espanholas. Resulta que 89% das mulheres deste país, usam cosmética natural a partir de uma mostra de mais de 5.500 mulheres cujas idades oscilam entre os 18 e 60 anos de idade. Além disso, 92% das entrevistadas reconheciam estar dispostas a aumentar o gasto, até 10 euros por cima do preço médio, neste tipo de cosméticos. Algo muito interessante se se tem em conta que o fabrico de cosméticos sem componentes tóxicos encarece o custo de matérias-primas.
O estudo desprende que mais de metade das consumidoras espanholas adoram cosméticos naturais, ainda que 555 das utilizadoras admitam ter dificuldade em diferenciar entra as tipologias de produtos existentes. Ou seja, que desconhecem as diferenças entre cosmética natural, bio, ecológica e vegan, por exemplo. A Beauty Market propõe colocar à luz este tema.
Evolução normativa
Durante anos, e sob o termo de cosmética natural, agruparam-se termos como cosmética ecológica, bio, orgânica, etc. A grande procura por este tipo de produtos favoreceu o excesso de informação até através da Rede, sem que se chegue a definir em que é que consiste cada uma delas. Portanto, o setor pedia um consenso que diferenciara a cosmética natural da que não era. E é até princípios do ano 2016, qualquer cosmético podia ser comercializado sob esta categoria sempre e quando a sua formulação incluísse entre 1 e 100% de ingredientes naturais.
Ao mesmo tempo, existiam 20 organismos certificadores que estabeleciam umas definições ou outras em função dos seus critérios próprios na União Europeia. Como Soil Association, em Inglaterra, BDIH na Alemanha, Ecocert e Cosmebio em Espanha (a primeira com presença em mais de 80 países), etc. Porém, fazia falta uma norma que unificara protocolos e daí a aprovação da ISSO 16128 Guia de definições técnicas para ingredientes e produtos naturais e ecológicos, finalizada durante o ano 2017. Uma norma, liderada pela Associação Nacional de Perfumaria e Cosmética (Stanpa), que clarifica os conceitos a nível internacional ainda que a sua adoção seja voluntária, e em que participaram até 30 países.
A ISO 16128 deu forma a um standard que permite interpretar e unificar critérios em relação às definições de orgânico e natural, através de um consenso internacional. A normativa foi publicada em duas partes: a primeira centrou-se em definir ingredientes; a segunda fez referência aos produtos acabados. Assim são ao detalhe:
Parte 1: Definição de ingredientes. Marco de referência para determinar o conteúdo natural, natural de origem, orgânico e de origem orgânica dos produtos baseando-se na caracterização de ingredientes.
- Ingredientes naturais e naturais derivados.
- Ingredientes minerais naturais e derivados.
- Ingredientes orgânicos derivados.
- Agua: constitutiva, reconstrução, extração.
- Ingredientes não naturais.
Parte 2: Critérios para ingredientes e produtos. Determina os índices que se aplicam às categorias de ingredientes definidas na parte 1.
O que se entende por ingredientes naturais ou orgânicos
A ISO 16128, normativa especifica para cosmética, define assim os componentes cosméticos obtidos unicamente de plantas, animais, microrganismos ou minerais, incluídos os obtidos destes minerais por processos físicos (moagem, secagem, destilação. Etc.), reações de fermentação naturais e que dão pé a moléculas que se produzem também na natureza e outros procedimentos de preparação, tradicionais incluídos.
Assim, a ISO 16128 estipula os critérios que determinarão os índices correspondentes às diferentes categorias definidas nesta normativa. Para se ter uma ideia, Carmen Esteban, diretora técnica de Stanpa, especificava alguns destes índices a solicitar aos fabricantes durante uma entrevista para um portal farmacêutico. Por exemplo, se o índice é 1, trata-se de um produto 100% natural. O índice seria de 0,8se tivesse ingredientes naturais em 80% incorporando alguma molécula não natural em 20% restante. E no caso da percentagem ser de 50% não se considera natural.

Cosmética natural, bio, eco e orgânica segundo empresas certificadoras
Em Espanha, as principais entidades certificadoras são Ecocert e Cosmebio, ambas de origem francesa. A primeira é uma das principais dentro do âmbito ecológico e natural também na Europa, ainda que o seu selo seja conhecido em todo o mundo.
EcoCert diferencia entre cosmética natural e cosmética natural e ecológica, pelo que não inclui cosméticos considerados bio dentro do seu selo. Para este organismo, um produto inclui-se dentro da cosmética natural se, como mínimo, 95% dos seus componentes são naturais (como muito 5% de ingredientes em síntese). Assim, 5% dos ingredientes procedem da agricultura ecológica. Na cosmética natural usam-se matérias primas de origem natural, assim como produtos orgânicos nos processos de fabrico.
Em relação à cosmética natural e ecológica, EcoCert inclui aqueles produtos com 95% de ingredientes naturais (5% de síntese). Além disso, 10% dos componentes procedem da agricultura ecológica.
Por sua parte, CosmeBio distingue-se da EcoCert ao apostar pelos selos bio e eco. As diferenças não são importantes, comparadas com a certificação EcoCert mas não é demais conhecê-las a fundo para saber que tipo de cosmético se adquire e oferece à clientela.
Sobre a cosmética bio, esta entidade inclui aqueles produtos que possuem:
- Como mínimo 95% de ingredientes naturais (5% de síntese).
- Ao menos, 95% dos componentes vegetais provêm da agricultura biológica.
- Como mínimo, 10% dos componentes da cosmética final devem proceder da agricultura biológica.
Por cosmética eco, Ecocert classifica os produtos que possuem:
- Um mínimo de 95% de componentes naturais (5% de síntese).
- Ao menos, 50% dos ingredientes naturais provêm da agricultura biológica.
- Como mínimo, 5% dos componentes do cosmético final devem proceder da agricultura biológica.
Ambas entidades certificadoras descartam, dentro das suas respetivas categorias, a composição sintética à base de substâncias como silicones, conservantes como os parabenos ou perfumes sintéticos.

Os benefícios da cosmética natural e bio
- Cosmética respeitosa com o meio-ambiente e com a pele humana.
- Caracteriza-se pelo seu efeito mais suave sobre o organismo, comparada com a cosmética tradicional.
- Não incorporam substâncias químicas derivadas do petróleo nem aditivos artificiais. Carência de aromas sintéticos e conservantes artificiais.
- Adaptam-se melhor devido à afinidade dos componentes naturais com a pele humana.
- Cuidam, protegem e regeneram, de forma eficaz, qualquer problema cutâneo.
- A cosmética natural e bio não é testada em animais nem inclui matérias-primas de animais verdadeiros.

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